Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves | |
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Autor | Oscar Niemeyer |
Data da construção | 1985 a 1986 |
Estilo arquitetônico | Moderno |
Cidade | Brasília, DF |
Tombamento | 2007 |
Órgão | IPHAN |
Está localizado na praça dos Três Poderes, em Brasília. Apresenta arquitetura modernista, simbolizando uma pomba, criada por Oscar Niemeyer. Possui três pavimentos, somando área total construída de 2 105 m². Sua pedra fundamental foi lançada pelo presidente da França, François Mitterrand, em 15 de outubro de 1985.
Seu intuito é homenagear todos aqueles que se destacaram em prol da pátria brasileira. Sua concepção se deu durante a comoção nacional causada pela morte de Tancredo Neves, o primeiro presidente brasileiro eleito democraticamente – ainda que indiretamente – após vinte anos de regime militar, em 1984.
Os nomes dos homenageados constam no "Livro de Aço", também chamado "Livro dos Heróis da Pátria", o qual lhes confere o status de "herói nacional". O tomo se encontra no terceiro pavimento, entre o Painel da inconfidência, escultura em homenagem aos mártires do levante mineiro oitocentista e o vitral de Marianne Peretti. Toda vez que um novo nome é gravado em suas laudas de metal juntamente com sua respectiva biografia, uma cerimônia in memoriam ao homenageado é realizada.
O edifício
O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na praça dos Três Poderes, em Brasília, foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1985.Sua pedra fundamental foi lançada pelo presidente da França, François Mitterrand, em 15 de outubro de 1985 e o Panteão foi inaugurado em 7 de setembro de 1986.1
O Panteão possui três pavimentos, somando área total construída de 2 105 m². Em seu interior, no salão Vermelho, encontra-se o mural da Liberdade, do artista plástico Athos Bulcão.
No terceiro pavimento, localiza-se o vitral de autoria de Marianne Peretti (também autora dos vitrais da catedral de Nossa Senhora Aparecida).
No lado externo, no alto de uma torre erguida em diagonal, arde a chama eterna. Uma chama pequena, que representa a liberdade do povo e a independência do País.
O Panteão foi tombado em 2007, pelo IPHAN, junto com outras 34 obras de Oscar Niemeyer, que completara cem anos.2
Homenageados
Os nomes que ora constam no "Livro de Aço" são:- Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, o primeiro nome no Livro em 21 de abril de 1992 por ocasião do bicentenário de sua execução.
- Zumbi dos Palmares, inserido em 21 de março de 1997.
- Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, incluído em 15 de novembro de 1997 por ocasião do 108.º aniversário da proclamação da República.
- Sua Majestade Imperial & Real(S.M.I.&R) Dom Pedro I, primeiro imperador do Brasil, proclamador da independência e fundador do Império brasileiro, incluído em 5 de setembro de 1999 por ocasião do 177.º aniversário da proclamação da independência do Brasil em relação ao reino unido de Portugal, Brasil e Algarves.
- Marechal Luís Alves de Lima e Silva, duque de Caxias, incluído em 28 de janeiro de 2003.
- Coronel José Plácido de Castro, incluído em 17 de novembro de 2004 por ocasião do centenário da celebração do Tratado de Petrópolis.
- Almirante Joaquim Marques Lisboa, marquês de Tamandaré, incluído em 13 de dezembro de 2004 por ocasião do 197.º aniversário de seu nascimento, instituído como Dia do Marinheiro.
- Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, barão do Amazonas, incluído em 11 de junho de 2005 por ocasião do 140.º aniversário da Batalha Naval do Riachuelo.
- Marechal-do-ar Alberto Santos Dumont, incluído em 26 de julho de 2006 por ocasião do centenário do voo do 14 Bis.
- José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, incluído em 21 de abril de 2007.
- Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, conhecidos pela sigla MMDC, herois paulistas da Revolução Constitucionalista de 1932, incluídos em 20 de junho de 2011.
Em espera
Alguns nomes propostos para o Livro de Aço ainda não foram efetivamente inseridos, por motivos não suficientemente claros, apesar de seus projetos de lei terem entrado em vigor. São eles:- Francisco Alves Mendes Filho, o "Chico Mendes", incluído em 22 de setembro de 2004 pela lei 10.952.3 Deve-se salientar que a aprovação dessa lei é anterior à que estipula os critérios de inserção de nomes no Livro de Aço, 11.597/2007, dentre os quais a obrigatoriedade do homenageado ter morrido há pelo menos cinquenta anos.
- Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, o Frei Caneca, incluído em 11 de outubro de 2007 pela lei 11.528.4
- Marechal Manuel Luís Osório, marquês do Erval, incluído em 27 de maio de 2008 pela lei 11.680.5
- Ildefonso Pereira Correia, barão do Serro Azul, incluído em 16 de dezembro de 2008 pela lei 11.863[2], de 2008.
- Brigadeiro Antônio de Sampaio pela lei 11.932, de 24 de abril de 2009
- Sepé Tiaraju, herói guarani missioneiro rio-grandense, incluído em 21 de setembro de 2009,6
- Ana Néri, tida como a primeira enfermeira brasileira e heroína na guerra do Paraguai, incluída em 2 de dezembro de 2009, pela lei 12.105.7
- Hipólito José da Costa Furtado de Mendonça, jornalista criador do Correio Braziliense, pela Lei nº 12.283, de 5 de julho de 2010 (projeto de lei 4401/2001).
- Padre José de Anchieta, pela Lei nº 12.284, de 5 de julho de 2010 (projeto de lei 810/2003)
- Getúlio Vargas, teve seu nome incluído, pela lei 12.326, de 15 de setembro de 2010.
- Anita Garibaldi, incluída pela lei 12.615, de 30 de abril de 2012.
- Padre Roberto Landell de Moura, o 'pai brasileiro do rádio', incluído em 30 de abril de 2012.
- Francisco Barreto de Meneses, João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias, Antônio Filipe Camarão e Antônio Dias Cardoso, heróis da Batalha dos Guararapes, que expulsou os neerlandeses de Pernambuco no séc. XVII, incluídos pela Lei nº 12.701, de 6 de agosto de 2012.
Candidatos
Algumas personalidades da história do Brasil tiveram seus nomes propostos para o Livro de Aço, mas ainda hoje não constam. Todo nome deve ser proposto na forma de projeto de lei. Entre os indicados, destacam-se:- Maria Quitéria de Jesus, patronesse do Quadro Complementar de Oficiais, pelo projeto de lei 1474/2007.
- Júlio César Ribeiro de Sousa, inventor pioneiro da dirigibilidade aérea, pelo projeto de lei 7466/2006.
- Eduardo Francisco Nogueira, o Eduardo Angelim, terceiro presidente cabano, pelo projeto de lei 7311/2006.
- Marechal-do-ar Eduardo Gomes, tenentista que ajudou na criação do Correio Aéreo Nacional, pelo projeto de lei 6918/2006.
- General Joaquim Xavier Curado, conde de São João das Duas Barras, pelo projeto de lei 6917/2006.
- João Cândido Felisberto, o Almirante Negro, pelo projeto de lei 5874/2005.
- Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, abolicionista, pelo projeto de lei 5873/2005.
- Soldado Mário Kozel Filho, pelo projeto de lei 5508/2005.
- As vinte e duas vítimas do acidente durante o lançamento do VLS-1, pelo projeto de lei 1848/2003.
- Sérgio Vieira de Melo, diplomata morto durante missão em Bagdad, pelo projeto de lei 1782/2003.
- Doutor Vital Brasil Mineiro da Campanha, médico imunologista, fundador do Instituto Butantã, pelo projeto de lei 1604/2003.
- Doutor Osvaldo Gonçalves Cruz, cientista e médico que participou da fundação da Academia Brasileira de Ciências, pelo projeto de lei 1494/2003.
- Marechal João Batista Mascarenhas de Morais, um dos comandantes a Força Expedicionária Brasileira durante a ocupação do Monte Castelo, pelo projeto de lei 1295/2003.
- Heitor Villa-Lobos, maestro, pelo projeto de lei 1165/2003.
- Brigadeiro José Vieira Couto de Magalhães, intelectual e sertanista, pelo projeto de lei 954/2003.
- Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, pelo projeto de lei 562/2003.
- Antônio Carlos Gomes, operista, pelos Projetos de Lei 1407/03 e 1549/2011.
- José Maria da Silva Paranhos Júnior, barão do Rio Branco, pelo projeto de lei 7403/2002.
- João de Deus Nascimento, Manuel Faustino dos Santos Lira, Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas Torres, líderes da Conjuração Baiana, por projeto de lei de 1997.
- José Gomes Pinheiro Machado, um dos líderes da propaganda republicana, defensor da República na Revolução Federalista e senador, pelo projeto de lei do Senado 33/2009.8
Referências
- ↑ Secretaria de Estado de Cultura de Brasília - Museus - Centro Cultural Três Poderes - Panteão da Pátria. Página visitada em 28/04/2010.
- ↑ Último Segundo: Pai do modernismo na arquitetura, Oscar Niemeyer completa 100 anos; veja a cronologia de sua obra (14/12/07). Página visitada em 30/10/2008.
- ↑ Diário Oficial da União. Imprensa Oficial: 23 de setembro de 2004. Pg. 1.
- ↑ Diário Oficial da União. Imprensa Oficial: 15 de outubro de 2007. Pg. 1.
- ↑ Diário Oficial da União. Imprensa Oficial: 28 de maio de 2008. Pg. 1.
- ↑ Diário Oficial da União. Imprensa Oficial: 22 de setembro de 2009.
- ↑ Diário Oficial da União. Imprensa Oficial: 3 de dezembro de 2009, Pg. 1.
- ↑ PL do Senado nº 33/2009
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