sexta-feira, 12 de julho de 2013

Se houve motivação pessoal?

Outro dia um colega a quem eu considero, que serviu comigo no Hospital de Cabrália conversou comigo sobre meus motivos, interesses e ideologia de meus protestos políticos e de cidadania.
Eu imagino que os objetivos e a justificativa do Projeto Participação Cidadã tenha sido esclarecedor para ele, mas tem algo que não mencionei lá.
Como aprendemos na psicologia, na antropologia, na sociologia, o medo e a raiva são fortes motivadores, além dos instintos de satisfação das necessidades básicas.
Por essa razão, os homens buscaram desenvolver tecnologias para caçar e até mesmo atacar outros semelhantes, da própria espécie, no próprio ambiente, desrespeitando seu espaço escravizando ou abatendo.
Houve sim um momento em que eu fiquei com raiva em 2011 e isso me levou a modificar os protestos verbais para outros níveis. Primeiro enviei e-mail's para gestores, depois realizei denúncias, então manifestei-me nas redes sociais para somente depois disso elaborar estratégias de enfrentamento em grupo e utilizar tecnologias mais avançadas.
Esse é um processo de proteção e defesa, sem dúvida.
Se o que desencadeou isso foi a perseguição que sofri como servidor lotado no Caps em final de 2010?
Pode ser, mas não foi o que manteve o processo.
Um dia eu estava fazendo compras com minha filha no Cambuí em 2011 e encontrei um dos Diretores da Gestão ferrenhos (para não usar a expressão "puxa-saco"). Como já havíamos sido aliados, conversamos brevemente e comentei que minha esposa, na época, havia me pedido para ficar neutro politicamente. Ele me disse algo que me fez pensar e futuramente assumir uma outra atitude política:
"é bom 'ficar neutro', sabe como é, está chegando a política e o pessoal atrasa salários dos opositores e outras coisas"
Minha natureza é guerreira, não "fujo", apenas "recuo estrategicamente".
Essas palavras provocaram o cidadão participativo que está em mim, eu reconheço.
O Participação Cidadã, porém, é um Projeto racional com objetivos claros e passível de muito êxito, sem ranços de mágoa, cobiça por cargos públicos e todo tipo de motivação injusta que se insere na participação política de muitos ativistas.
Se começou com motivação pessoal não é mais isso, mas algo maior.

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